quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A graça e a verdade vieram com Jesus


Há cinco anos, a árvore de Natal do tenente Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros de São Paulo, deixou de ser iluminada. Ele tomou essa decisão por precaução, depois de ajudar a apagar um incêndio na casa do próprio vizinho, que havia sido causado por piscas-piscas utilizados como enfeite.
No incêndio, ninguém se feriu com gravidade, mas a sala foi totalmente destruída. "É muito triste chegar numa casa, em uma manhã de Natal, e todos os presentes estarem queimados, o sofá estar queimado. Tudo queimado", diz. Segundo o tenente, casos como esse são bastante comuns nesta época do ano: ele estima que 40% dos incêndios que acontecem perto do Natal têm origem na iluminação natalina. Na última sexta-feira, as luzes de uma árvore de Natal também foram as prováveis responsáveis por um incêndio na casa da apresentadora de TV Xuxa Meneghel.
Eu olhei uma caixa de luzes de Natal em uma loja e quando perguntei o preço o dono disse que era quatro reais. “Estou perguntando o preço da caixa?”,questionei. Ele respondeu que sim, a caixa inteira era quatro reais. Como sou mais velho fiquei olhando, perplexo, sem entender como uma coisa que antes era produto para a classe média agora é vendido tão barato.
A falta de qualidade dos produtos que são vendidos para o povo, são produzidos pela obsessão do lucro. É preciso vender milhões, cada vez mais, muito mais. Os acidentes, mesmo com vítimas fatais fazem parte do ganho. Infelizmente parece que quem fabrica os produtos não considera os riscos de uso de material de baixa qualidade.
Para o mundo atual o Natal não significa a comemoração da encarnação do Filho de Deus. Ele tornou-se adoração ao Deus Mamon (dinheiro), e o seu espírito chama-se lucro, sem medida e segurança. Embora estes aspectos gananciosos ganhem cada vez mais espaço, nada disso ainda pode ocultar o fato de que “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Amém!
Fonte: Cotidiano, Folha de S. Paulo
09.12.2008
Mário Lúcio Nascimento

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