sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A simplicidade do natal


O tempo atual é de crise. A incerteza quanto ao futuro pesa sobre os ombros de todos com a ameaça de menor atividade econômica e desemprego. Mas o tempo é também de festa, uma festa cristã há muito associada a dar e receber presentes: o Natal. Podemos, portanto, usar a oportunidade da atual crise para repensar o papel do Natal, uma festa que passou a ser uma celebração do consumo, muitas vezes de excessos e desperdícios. Esta talvez seja uma hora propícia para considerar como seria um Natal, uma festa em família ou entre amigos em que os desejos de consumo ficassem em segundo plano.
Uma boa hora para refletir como seria o encontro com as pessoas que amamos se não houvesse a intermediação dos objetos, das coisas, dos presentes materiais. Refletir sobre o desafio de usar a imaginação e a criatividade para criar momentos felizes tendo como principais valores a simplicidade, os sentimentos e a descoberta do que é realmente importante na vida.
Este artigo, escrito por Helio Mattar, no Jornal Folha de S Paulo, não é de fonte religiosa. Embora a simplicidade comentada no artigo seja de origem cristã, a pergunta é: será que alguém, cristão ou com influência cristã conseguiria fugir do consumismo natalino? Será que poderíamos ser tão objetivos com respeito a encarnação de Jesus, a ponto de não substituí-la pelos presentes e festas, que a época oferece?
Infelizmente o consumo foi o que restou da comemoração do nosso “Sol da Justiça, o Senhor Jesus Cristo” (Ml 4.2). Não conseguimos afastar o ato de comprar, contudo continuamos crendo que isto é uma prova da vinda do Messias. Boa parte das antigas religiões, que não acreditam em Deus, se orgulham dos rituais que são considerados anteriores a vinda de Cristo. Com estes rituais sem vida o diabo não se preocupa, mas sim, com a presença ativa do amor do Pai através de Jesus.
A simplicidade, que é o pano de fundo do Natal, não tem condições de ser vivida pela sociedade. Ela agora é pessoal ou entre uma pequena comunidade ou nos corações de quem mantém uma proximidade com Deus; é um status de quem ainda guarda no coração o amor pelas almas. O mesmo tipo de amor que o Filho de Deus trouxe ao mundo. A simplicidade do Natal está na mente daquele que vive em submissão ao Senhor. Amém!
Fonte: Debate/Tendências, Folha de S.Paulo
17.12.2008
Mário Lúcio Nascimento
Mário Lúcio é natural de Belo Horizonte, MG. Escritor e conselheiro, trabalha há mais de 30 anos na produção de mensagens e textos bíblicos usados para aconselhamento.

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