domingo, 28 de setembro de 2008

Parlamento europeu critica, e pratica, "Cristofobia".


No mesmo dia em que criticaram, numa resolução mais abrangente, a perseguição de que são alvos os cristãos na Índia, vários deputados europeus boicotaram o discurso do principal bispo da Igreja Ortodoxa.
A resolução diz respeito à cimeira Euro-Indiana que vai decorrer em Marselha no dia 29 de Setembro, e aborda uma série de assuntos relativos ao país asiático e às suas relações com a Europa.
Os deputados europeus incluíram um parágrafo em que manifestam “grave preocupação” pelos ataques que se têm verificado contra cristãos. A resolução pede ainda compensações financeiras para as comunidades que viram as suas igrejas destruídas e para as famílias que perderam as suas casas, exige a punição dos responsáveis e pede ao Governo central um maior esforço para proteger a minoria cristã.
Entretanto, durante a madrugada de hoje, 26 de setembro, mais casas de cristãos foram queimadas em Kandhamal, no Estado de Orissa.
No mesmo dia em que esta resolução foi aprovada, por esmagadora maioria, estava agendada a presença no plenário de Bartolomeu I, Patriarca de Constantinopla e primus inter pares da comunhão ortodoxa, a segunda maior Igreja cristã do mundo.
Bartolomeu I falou da oportunidade apresentada pelo “ano europeu do diálogo intercultural”, nomeadamente no que diz respeito às relações entre a Europa e a Turquia, e ainda do papel que a religião pode ter nesse diálogo, mas fê-lo a uma sala que esteve longe de cheia, devido a um boicote por parte de muitos dos deputados “verdes”, liberais ou socialistas.
O boicote foi incentivado por uma deputada belga, Veronique de Keyser, que emitiu um comunicado a “soar o alarme pela democracia e a separação da Igreja e do Estado”.
Keyser alertou para a “ameaça” das religiões que estarão a aproveitar o ano do diálogo intercultural para “lançar uma ofensiva”. Lembrando a “ousadia” de Bartolomeu I e do Papa Bento XVI por terem sugerido que os valores morais da Europa são cristãos, a deputada ao Parlamento Europeu avisou que é preciso ter cuidado para a extrema-direita não aproveitar uma brecha no muro que separa a política e a religião.
Fonte: Renascença

Um comentário:

Anônimo disse...

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