sábado, 8 de março de 2008

Goteira





Dia internacional da mulher, dia de carinho e gratidão para os homens.
Só que nem todos pensam assim.Vamos ver o motivo: a esposa briguenta é como o gotejar constante num dia chuvoso (Provérbios 27.15).
E agora o relato de uma mulher: Com as chuvas de verão, apareceu uma goteira no andar de cima da minha casa. A principio não me preocupei. Talvez algum vento tivesse levantado uma telha e agora aparecia essa pequena goteira. Peguei uma escada, abri o alçapão, espiei no sótão. Não via nada, apenas um pouco de água empoçada. As telhas pareciam em ordem. Dois dias depois, outra chuvarada e a goteira se dividiu. Eram seis agora, e eu já podia observar a setima se formando. Panelas, embalagens de sorvete vazias, baldes, tudo foi acionado. Subindo a escada, tínhamos de praticar salto. A chuva estendeu-se pela noite adentro e quem disse que eu conseguia dormir ? Aquela pequena orquestra líquida ultrapassava a barreira da minha porta e me fazia contar os pingos como se fossem carneirinhos. Impossível dormir. E foi uma longa noite. Foi então que lembrei do versículo de provérbios. Que dureza ! Como mulher eu me via comparada a uma goteira pelo sábio Salomão. É claro, ele tinha e tem toda razão. Como nós mulheres somos chatas, quando queremos ser. Como somos briguentas. Implicamos com as menores coisas: se falou assim, se falou assado, se deu uma resposta atravessada, se ficou em silencio. E no fim ainda queremos discutir a relação... mulher rixosa e goteiras... ping, ping, ping. Pare de ser assim. Estou dizendo a você e a mim. Certamente não é essa mulher que Deus nos quer fazer. Ele quer uma mulher que traz confiança ao marido, que trabalha, cozinha, compreende, investe, conversa, se compadece, se preocupa, compartilha, despreocupa, embeleza-se. É feliz. Neste dia seja assim e continue a praticar dia a dia.

Andréa Pavel, São Paulo - SP

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