ANGÚSTIA E ESPERANÇA
Parece que a primeira década deste novo século ou deste novo milênio, começou agitada. Muitas mortes, tanto por ataques ou guerras, quanto por “acidentes naturais”.
Certamente, em dias passados, houve guerras mais sanguinolentas e catástrofes que causaram muitas mortes. Porém, nossa geração está experimentando mais de perto, mais rapidamente e mais intensamente, tais impactos. Vimos ao vivo explosões, prédios caindo, inundações, pessoas tragadas pelas águas, corpos dilacerados por balas ou explosões. Nossos filhos pequenos já conhecem o que é um ferimento de bala com uma idade menor do que a que nós tínhamos quando soubemos do perigo da pólvora. Parecem que eles já se acostumaram a esse mundo. Na realidade, acho que nem precisaram se acostumar: já nasceram nele vendo tudo isso.
Na semana passada uma criança, do alto de seus cinco anos me explicou o que uma onda gigante faz. Como houve inundação no bairro em que ele morava a comparação foi espontânea: “as ondinhas da água só levavam as formigas, mas as ‘ondonas’ na tv levaram as pessoas”. “E você não ficou com medo da enchente?” Perguntei. “Não! Aquela agüinha não mata muito”. “Mas pode matar pouco”, argumentei na linguagem dele. “Mas pouco, não tem importância”.
Curioso. Com cinco para seis anos, ele já tinha solidificado na mente o que acontece conosco. Para alguma coisa ser importante deve acontecer a muitas pessoas ao mesmo tempo. Some, durante um ano, a quantidade de mortos pelo trânsito, ou pelo abandono nas filas hospitalares, ou por qualquer outra coisa que “mata devagar”, “no varejo”. Você verá que é muito maior do que os que morreram nas últimas calamidades, “no atacado”.
Nosso Mestre e Senhor nos alertou sobre calamidades, mas nos alertou também para algo que geralmente passa desapercebido: tribulação. Essa mortandade “a varejo”. Essa angústia em que vivemos. Porém Ele mandou que, quando víssemos essas coisas, levantássemos nossos olhos para o céu, pois nossa redenção se aproxima.
Você ainda está olhando para o mundo? Olhe para ao Senhor em suas promessas.
fonte: umbet.org.br
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